A sísmica é a principal ferramenta geofísica utilizada na exploração de petróleo e gás. A sísmica de reflexão é um método indireto de exploração de subsuperfície da Terra. Vem sendo largamente utilizado pelo fato de ser capaz de cobrir grandes áreas e ser mais economico quando comparado a um método direto, como por exemplo, perfuração de poços.
A metodologia geofísica denominada "sísmica à reflexão", se aplicada em corretas condições, permite a melhor descrição das características dos terrenos e das suas geometrias, assim como a possibilidade de explorar a notáveis profundidades utilizando origens energizantes de potência limitada.
| ||
Por sísmica a reflexão "superficial" entende-se a investigação entre 1 e 1000 metros de profundidade com a utilização de freqüências sísmicas entre 50 e 1000 Hz. O princípio físico utilizado na metodologia , consiste na reflexão parcial da energia das ondas elásticas na sua passagem através de um plano de descontinuidade de velocidade sísmica. A energia refletida será maior para contrastes mais destacantes de velocidade. A técnica de prospecção é organizada segundo o modelo do perfil contínuo que permite seguir os horizontes refletores com continuidade e multiplicidade de cobertura da pesquisa. O percurso ilustrado na figura 1 é a geometria de aquisição base para uma simples energização. A onda sísmica provocada por um fuzil sísmico ou por um explosivo se propaga no subsolo e é parcialmente refletida contra a superfície, pelas descontinuidades geológicas. Uma seqüência de geofones alinhados na superfície permite ressaltar simultaneamente as formas de onda sísmica refletidas. Essa geometria de base é deslocada ao longo do alinhamento dos geofones a um passo geofônico, a cada energização. Esse procedimento permite, portanto, registrar mais vezes as informações provenientes do mesmo refletor em profundidade.
Dessa forma, além de dispor de uma "cobertura múltipla", obtém-se outra vantagem; as ondas sísmicas provenientes do mesmo ponto em profundidade têm seguido diversos percursos caracterizados por diversos ângulos de incidência. A soma dos traçados sísmicos relativos ao mesmo ponto em profundidade será construtiva, somente se for feita uma escolha correta relativamente ao valor da velocidade média do material próximo à interface refletora. Em todos os outros casos a média será destrutiva para o sinal refletido. A elaboração numérica dos dados adquiridos segundo o modelo descrito, permite, portanto, evidenciar os refletores somente depois de uma correta escolha de velocidade, que, naturalmente, corresponde também a uma definição precisa da posição em profundidade (profundidade = velocidade média x tempo /2). A qualidade dos dados obtidos na fase de aquisição, além da qualidade dos terrenos, depende em grande parte dos parâmetros de aquisição escolhidos. Essa definição depende da experiência do operador ou dos resultados de um perfil de teste denominado "walk-away", realizado com o escopo de testar as características dos terrenos e assim permitir escolher as melhores geometrias e os melhores parâmetros de aquisição. Os parâmetros a definir são os seguintes:
Fonte de energia Como fonte de energia habitualmente se usa:
A conexão de time-break entre o ponto de disparo e a estação de aquisição é realizada com um duplo fio elétrico ou com um sistema de rádio. Sistema de recepção Para o registro das formas de onda na superfície, podem ser utilizados de 12 a 48 geófones ou mais. Sistema de adquisiçao As formas de onda simultaneamente presentes nos geófones são adquiridas com a utilização de um sismógrafo multicanal (ex. EEG BR-24 ou BISON 9048). Além do número de canais já mencionado, outra característica importante de um sismógrafo é a dinâmica do sinal, ou seja, a diferença entre o menor e o maior valor do sinal que o instrumento é capaz de captar no mesmo traçado. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário